Estranho pensar quanto tempo eu passei nesta vida imaginando que as coisas um dia seriam diferentes e tudo ia mudar e fazer sentido e encontra espaço e tudo o mais. Estranho pensar o quanto me censurei nos últimos anos, tanto aqui neste blog quanto aqui nesta vida. Estranho imaginar que eu fosse capaz de fazer metade do que eu já fiz e viver um terço do que já rolou comigo. Mais estranho ainda nessa altura do campeonato é perceber que com todos os pesares e revelações tudo que eu deixei passar e todas as vezes que eu sentei no chão e chorei, desolada e desacreditada de absolutamente tudo. Incrível ter passado por tantas histórias, tantas estórias, tantos boatos, tantas promessas, tantas falhas, tanto tanto tanto, e ainda estar viva. E não só viva como a uma ligação de distância de recuperar tudo que eu ponho a perder quase diariamente.
Hoje 50 páginas de um livro, duas taças de vinho e sete cigarros me fizeram lembrar da menina que escrevia tranquila tudo que passava pela cabeça nesse espaço sem muito se preocupar a quem chegava o conteúdo. E ter saudades dela. E pensar em quem leu e ficou magoado ou surpreso ou achou graça. E lembrar que eu escrevia para mim.
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Hoje 50 páginas de um livro, duas taças de vinho e sete cigarros me fizeram lembrar da menina que escrevia tranquila tudo que passava pela cabeça nesse espaço sem muito se preocupar a quem chegava o conteúdo. E ter saudades dela. E pensar em quem leu e ficou magoado ou surpreso ou achou graça. E lembrar que eu escrevia para mim.