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Como eu estou curtindo uma fossa, também seria já de se esperar que eu estivesse me entragando às comédias românticas. 17 again estava no computador da minha irmã e a Gabi me indicou.


É um filme sobre um cara que se arrependia de uma decisão tomada quando adolescente, estava passando por uma crise pessoal de divórcio, demissão etc, e pula num redemoinho e de repente tem 17 anos de novo. Aí ele volta pra escola, faz amizade com os filhos adolescentes e, bem, não tem muitas surpresas. Tem filme que é bom de assitir só pra passar o tempo e dar umas risadas com o nerd engraçadinho que eles colocam no meio do filme.

Taí a indicação para uma tarde com pipoca ou uma madrugada de insônia, mas sem muitas expectativas.
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Apesar da solidão da garota sentada em frente ao computador com os dedos percorrendo velozmente os teclados estar presente nos dois quadros, a imagem da tarde era bem diferente do que vemos agora nessa avançada madrugada.

Se de tarde a sala vazia e gelada pelo ar condicionado apontava um horizonte de trânsito e chuva, o calor absurdo desta noite de inverno de 2009 é só mais um dos fatores que colaboram para mais uma noite de insônia improdutiva.

Reconhecer o fim não é fácil, nunca foi. Sempre acabamos com um vácuo a nos percorrer por toda a rotina. Desde o telefone que não toca com palavras de afeto até o sanduíche com molho verde que se tornou o favorito, todos os pequemos momentos te levam a uma certeza de que toda a felicidade possível já está esgotada, o que leva a uma necessidade de real reforma e restauração.

Mas como diz o sábio "manual de como reagir a um pé na bunda" da minha amiga Gabi, por mais nublado que a visão esteja agora, minha felicidade não está nas mãos de ninguém e tentar consertar o que já deu errado é um equívoco que leva a outro. Mas não é a falta da felicidade que me incomoda profundamente. É a parte do sonho.

Acho que a pergunta real que sobra no fundo é: quando um sonho seu morre, o que acontece com todos os outros?

A parte dos planos que caminhavam lado a lado. Até então, tinha na minha cabeça a convicção de que se X desse certo, todo o resto daria. Pois então, eis que X foi pro saco, deu errado, I`m sorry baby, I`m NOT gonna be back.

E agora todo o resto balança numa ingrata corda bamba.

Pra continuar andando na corda, tenho que continuar carregando comigo o vácuo de tudo o que a gente fez junto enquanto éramos um e, com isso, carregar por um tempo muito maior toda a dor, criando uma ferida muito mais profunda.

Mas cair da corda significa abandonar um longo caminho, indescritível, que faz um ano parecer uma década.

Enquanto a equilibrista aqui tenta parar o ciclo de desconsolo, falemos de filmes, músicas, livros e tudo o mais que realmente interessa nessa vida.


[A música que dá título ao post é do Wado e você pode baixar o disco na íntegra no site dele.]
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Em clima de fim de ano, uma das músicas que vai sempre me lembrar de 2008.



Curto a música mesmo, acho que por causa da letra que fala do amor do jeito que se costuma falar entre quatro paredes: fofo e cheio de promessas, mas com uma pitadinha de sacanagem.
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Ultimamente eu tenho tido muito tempo para mim. Tempo sozinha tem até sobrado. Mas é estranho, a maior parte dos meus pensamentos profundos não acontecem quando estou isolada, como é normal para a maioria das pessoas. As revelações que ando tendo têm acontecido em um ambiente barulhento, escuro e cheio de pessoas.

Tipo que eu meio que sempre soube que a maioria dos meus problemas eram criados, cultivados e aumentados por mim, mas só agora tenho percebido isso de verdade. Porque não faz sentido a pessoa passar horas completamente sozinha, dias sem falar com ninguém, ter todo o tempo do mundo para pensar e repensar e só entender qual o real motivo de incômodo em um lugar cheio de gente, faz?
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Osvaldo comemorou muito o dia em que conseguiu seu emprego em uma grande corporação. Salário alto, benefícios, trabalho mecânico, só precisava comprar dois ternos, cinco camisas e duas gravatas e estava pronto para começar sua grande carreira.

Ao chegar no escritório, curtiu a idéia de trabalhar entre Solange e Marília, além do quê, a máquina de xerox ficava ali perto e a moça da ginástica passava todos os dias para fazer aulas de alongamento, a vida não poderia ser melhor.

Seis meses depois, a idéia de se barbear diariamente começou a incomodar, mas o que realmente irritava Osvaldo era que Marília nunca ia nas happy hours. Secretamente, ele amava Marília, queria poder entrar em um projeto da empresa com ela, adquirir mais intimidade, convidar para almoçar juntos e tudo. Mas foi aquele fala mansa do Renato quem foi convocado para a força-tarefa.

Com o passar dos meses, a força-tarefa sugou tanto de Renato que Osvaldo foi obrigado a assumir o trabalho dos dois. Foi aí que a barra começou a pesar. Ainda mais que a chata da Solange não conseguia entender que o que tinha acontecido na festa de Natal era culpa do álcool e não se repetiria nunca, NUNCA.

Aí o Osvaldo adoeceu e descobriu que o convênio não era lá essas maravilhas. E um dia, passando pela sala do café, ele ouviu a Solange e a Marília fazendo piadinhas sobre seus ternos repetidos. E o chefe chamou para reclamar que o trabalho do Renato estava atrasado, e isso não podia acontecer, ah, e Osvaldo, tá esquecendo de se barbear, é?! Pode não, rapá!

Bufando de raiva, Osvaldo decide virar a noite para adiantar o trabalho do puto do Renato que, certamente, naquele exato momento, deve estar comendo a Marília. E a barba fica por fazer. E o chefe reclama das horas-extras. E a Solange pede para trocar de mesa com o Júlio, alegando que o Osvaldo estava à beira de assediá-la, o que resulta em mais uma advertência. E ainda chega o Renato, derruba os papéis de sua mesa, não percebe, não se desculpa, cata os papéis como se fosse um enorme favor e ainda sussurra que a sorte do Osvaldo era que Renato tinha tido uma ótima noite de descanso, além de uma promoção. O que mais Osvaldo poderia fazer?

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O meu tempo é quando
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Olhos bem abertos. Corpo inquieto, remexendo na cama. Acordada, mais uma noite. Fiz uma limpa bonita hoje. Rasguei muito papel.

Achei uma coisa escrita em setembro de 1994. Eu tinha 13 anos. Como eu estive mal com 13 anos. Eu posso tentar me envolver em vários outros tipos de dramas, mas acho que nunca vou ver a vida com tanto desespero quanto aquela pré-adolescente assustada.

Como foi bom achar isso, no meio de tanta coisa que eu já escrevi, achei logo isso. Um papel amassado, escrito com caneta roxa, manchado de lágrimas, algo derramado num impulso, um só fôlego, quase um vômito de tudo que me inquietava.

Tinha algo de muito esperta nessa adolescente, que nem imaginava o teor certo das coisas ainda: não é porque eu vou ter algo para sempre que vou amá-lo todos os dias.

De quando em quando algumas pessoas, tipo aquela menina de 13 anos ou essa mulher de 25, deixam-se levar por certas promessas falsas ilusões ou influenciam-se a ver o mundo desse ou daquele jeito. Mas é o que bate no peito solitário durante a madrugada que faz sentido na verdade, não é?

Queria ter algo bem mais profundo para falar sobre isso, mas tudo parece tão superficial agora...
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Chove na cidade. É sexta-feira, eu estou sozinha no meio de conhecidos e chove na cidade. Todos os números de telefone no meu celular são inúteis. Eu não quero ligar para a maioria e os que sobram ou estão atarefados em outras preocupações ou é meio proibido ligar para eles em uma sexta a noite.

Sexta-feira é noite nobre, dizem por aí. Pois bem, vamos ver essa noite nobre. A rua vazia por causa da chuva, os bares que oferecem conforto estão cheios, tão cheios que a gente nem pode se aproximar deles.

Meus amigos devem ser todos de açúcar, não tem nenhum por aqui. Não que eu queira encontrá-los. Se eu quisesse de verdade, eu ligaria e acharia. Eu ando pela rua atrás de uma espontaneidade impossível. Crio metas inalcançáveis e caminho por caminhos incertos.

Nada em lugar nenhum. Nem no meu inferno favorito me sinto à vontade. Enquanto lá dentro, penso na chuva lá fora, nas gotas no asfalto, nas luzes distorcidas, nas poças de água, na correria de uns, em outros encharcados.

Pego a bolsa e saio. Ando. Caminho. Calma e tranqüila, procurando nada, querendo chegar em lugar nenhum. Só quero tomar chuva. Chegar molhada em casa. Ando. Caminho. Dois carros me oferecem carona. Uma senhora quer dividir o guarda-chuva comigo. Mas não, gente, eu quero tomar essa chuva, quero chegar molhada em casa. Então ando, caminho.

Metade da distância até em casa, a parte suja da cidade, perigosa, figuras escondidas na escuridão e eu lá, louca, andando calmamente, sem medo, curtindo a chuva gelada, a roupa molhada, grudando no corpo, o cabelo pingando, os carros passando apressado, meu ônibus aparecendo na distância, um táxi perguntando onde eu vou... Opa, meu ônibus? Eu quero. Pára, ônibus! O ônibus pára, eu subo, um monte de homens com cara de Axé Brasil me olham meio assustados.

E eu chego em casa, molhada, a roupa fria e encharcada.


E eu ainda queimando por dentro.
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Acabei de dar uma GERAL aqui no coração e percebi que eu tô joinha-que-é-uma-beleza e que a razão disso CERTAMENTE é o nível de diversão que eu tive essa semana. Ô semaninha divertida!

Sexta-feira, principalmente. Bebi pouco, dancei muito, ri mais ainda. Pulei a fogueira elegantemente. Até tentei aproveitar a onda e achar um amor novo, mas ficou no nível platônico melhor de todos, com abraço forte de despedida e nenhum arrependimento no peito.

A tendência era complicar a vida, mas depois desse fim de semana (que, diga-se por sinal, começou na terça-feira. Isso mesmo, era terça-feira e eu já estava divertindo, pode morrer de invejaê), eu até boto umas fichas num papo que vi na Oprah de uma mulher que disse consertar o casamento semi-falido baseando-o inteiramente em sexo. A idéia da mulher era fazer sexo com o marido todo dia. TODO DIA. Até quando um não quer, os dois têm que fazer. Pois é, a tal da endorfina é a melhor droga que existe mesmo.

Estou aqui a ponto de escrever que a receita da felicidade é ter estoque de rock pra vida toda e alguém que me coma todos os dias. Mas, ó, tive sexo nenhum esse fim de semana. N-E-N-H-U-M. E fui feliz pacaraleo. Olha aí a cara boa das meninas!

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Sofro com a dor dos meus. Agora mesmo, está o coraçãozinho dela apertado do lado de lá e o meu do lado de cá. Mas enquanto o dela está procurando dentro de si razões para o mal, o meu está aqui puto, indignado, raivoso, amargurado, destilando um ódio verde sem fim. E é raiva do real culpado pela situação e é raiva dela também, que não faz idéia da metade da jóia que é.

E como em todas as situações do mundo, ainda é possível tirar uma frase do contexto e dar um real sentido para ela, muito do que está acontecendo com ela hoje me lembra de situações que ocorreram no passado (não é a situação que você quer rebater o auto-machismo e eximir mais um imbecil de culpa não, viu, gatah, pode ir tirando o cavalinho da chuva, porque eu não vou deixar você levar essa desculpa para a frente não).

É que lá em 2003, quando escrever ainda era, para mim, tirar tudo o que estava se passando dentro do meu coração direto para o primeiro suporte "físico" que eu encontrasse, quando eu ainda escrevia sem parágrafo, sem edição, sem racionalizar tudo, quando eu escrevia coisas que até hoje me emocionam, lá nessa época eu escrevi uma coisa para uma outra amiga minha. E cabe agora, então eu vou colar aqui de novo.

E vem aquela onda de insegurança e balança seu mundo, não é amiguinha? E você fica odiando cada detalhe do seu corpo. E odeia todos os outros que você acha bonito. E fica pesada, e é difícil de lhe confortar. E você busca conselhos, amiga. Mas busca só por obrigação, porque você sabe que não vai seguir nenhum deles. E os conselhos dizem: não! não! Mas você não está nem aí! Grita um sim gigantesco e vai e faz a mesma burrada de novo. Ah, amiga, você acha que você precisa daquilo tudo. E então você se veste com todos os apetrechos para chamar mais a atenção dos outros, só que nada disso funciona. Você finge ser uma pessoa que não é e faz coisas que não são do seu feitio. Mas se alguém lhe confrontar, você vai jogar na cara desse alguém que ele não lhe conhece e que você nunca faria nada para chamar a atenção de ninguém. E você chora, querida. Chora escondida no banheiro. E continua chorando escondida até o momento que percebe que derramar lágrimas no escuro nunca vão suprir a sua carência. Então você começa a chorar em público, a manchar sua maquiagem e a fazer feia toda aquela imagem que você aprontou bonita. E as pessoas tentam te ajudar, mas nada adianta de nada. O problema que nasce dentro de você é você quem tem que resolver. E na verdade você sabe de tudo isso. Mas você continua achando que precisa de tudo aquilo. E como a atenção que você chama não se sobressai, e quando você encontra alguém com mais carisma, você começa a fazer coisas ainda menos suas. Você se assusta com as suas atitudes, mas tem que manter a pose. Depois disso, seu sono é difícil e você se sente mal consigo mesma constantemente. E se assusta facilmente. E chora mais, amiga. E meu peito fica apertadinho de ver você chorando assim, mas eu sei que não posso fazer nada. Se a merda é sua, você tem que limpar. E aí você começa a colocar desculpas, começa a rir dos seus problemas, banalizando tudo que é tão influente no seu bem-estar. Passa a pôr a culpa nos outros. E o ódio aumenta. Mas só você sabe que esse ódio todo não é para ninguém mais além de você. Ai, amiga! Você sofre tanto. E na verdade tudo que você precisava era da dose certa de carinho? Nada disso! Quanto mais carinho você ganhar (pelos motivos errados), mas carinho você vai pedir. E ninguém tem tanto carinho assim para dar de graça. E você coloca a culpa nas pessoas e diz que se alguém próximo a você precisasse de carinho você daria muito mais do que o necessário. Mas é mentira, amiga! Você sabe disso, não sabe? Tem alguém aí do seu lado precisando de carinho. Alguém que é tudo no seu mundo, alguém que mais do que ninguém merece consideração. Você sabe de quem eu estou falando, né, amiga? É de você. E que carinho você tem se dado? Nenhum. Fica aí pelo mundo mendigando o amor dos outros quando é incapaz de se amar. E, lembra que eu falei que você só precisava de um amor, de um carinho? Então, amiga. É do seu. Eu sei que é difícil agora, eu sei o lixo que você está se sentindo agora, amiga. Mas, pela sua saúde, pela nossa amizade, por Jesus, sei lá, arranja um motivo qualquer aí, por você, cara! Por você, pára de achar que você precisa disso ou daquilo. Você precisa de ar, água e amor-próprio. E só. Pára de se fazer dependente de outras coisas e pessoas, pára de se iludir, amiguinha! Bem vinda ao mundo real! Bem que eu queria poder ajudar você, mas aqui a única arma que você tem é a pessoa que vê no reflexo do espelho.


Porque por mais que seja ultrapassado, eu ainda me sinto da mesma maneira. E é lavando e sacudindo que a gente se livra de areia.
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Li um caso muito doce, vale a pena ler!. Olha só um pedacinho:
She gave me the name of the nursing home and I called the number. They told me the old lady had passed away some years ago but they did have a phone number for where they thought the daughter might be living. I thanked them and phoned. The woman who answered explained that Hannah herself was now living in a nursing home.

This whole thing was stupid, I thought to myself. Why was I making such a big deal over finding the owner of a wallet that had only three dollars and a letter that was almost 60 years old?

Fez que eu lembrasse do Bruno.
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