Eu tô andando do escritório até A Obra. Tem um cara aleatório me seguindo e me falando provérbios aleatórios do tipo "pimenta no olho dos outros não arde" ou "quem tudo quer tudo perde" ou "quem com ferro fere com ferro será ferido" e mais um monte dessas pérolas que a sabedoria popular parece nunca esquecer. Mas eu não presto muita atenção no cara, afinal de contas eu sei que estou sonhando. Eu costumo saber quando estou sonhando assim. E lá vou eu descendo a Av. Getúlio Vargas, respirando o ar noturno de Belo Horizonte e ignorando o cara aleatório dono das verdades populares. Na porta dA Obra, uma fila só de conhecidos, todo mundo muito apressado para entrar e ninguém me nota, a não ser o Sr. Estou-todo-dia-na-Obra que me puxa para o lado com um papo completamente estranho à pessoa. Então chega o cara aleatório e grita "Camila, acorda! Vai tocar uma música muito legal agora!"
Eu acordo. E, no exato momento que eu abro o olho, começa Extraordinary Machine, aka a minha música. Eu não acordei porque ela estava tocando tipo quando a gente sonha que o telefone está tocando e acorda pra ver que ele estava tocando realmente. Eu acordei PARA ouvir essa música. Dá até medo.
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