Então eu tiro meus sapatos como se fossem a culpa, e penso. Penso muito. Penso o que seria profundo o suficiente sem deixar espaço para dúvidas e sem parecer um erro completo. Penso no meio termo.

Penso em outro futuro, penso em outro passaso.

Penso em tudo que eu não discuti.

E penso no tanto que deixei passar.

E penso em quanta coisa dentro de mim virou luto.

E penso em quanto eu deixei passar, e em quantas coisas deixei voar por brancas nuvens antes de perseguir a pessoa que (quem?) eu realmente era.

E tento calcular o quanto disso tudo era involuntário e o quanto disso tudo era uma prova a quem eu poderia ser.

Eu penso "e se"... "e se...", mas, enfim, pouco há o que se discutir a respeito do que ficou. E menos ainda a se discutir do que passou.

Mas ainda há a vírgula, o vocativo e o futuro.

Este tem de me surpreender, definitivamente antes que eu...


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